QUERÔ - Uma peça da engrenagem de "QUERÔ - Uma Reportagem Maldita."
- Quem Joga ?
Querô ( apelido)
Nome de nascimento: Jerônimo da Piedade
Nome de nascimento: Jerônimo da Piedade
Filho de Alzira Piedade- falecida, prostituta da casa de mulheres de Violeta.
Pai desconhecido.
Criado pela cafetina Violeta.
- Onde Joga?
Puteiro da Violeta, Escola, Cais do Porto, Mercado,
Favela do Osso, Delegacia, Abrigo de Menores, Boteco, Jornais.
- Regras do Jogo?
Principal regra: SOBREVIVER, nem que para isso chegue as ultimas consequências.
Aceita as regras que são
impostas.
Cada um por si, não
confiar em ninguém.
Quer uma arma para
resolver seus problemas.
Pag. 18
“- Vai lá, Querô. Pega
o veado para nós. Do Leva o puto ali pra trás das caixas. Quando tu tiver
ferrando ele, eu mas bolacha entramos na
fita e apatolamos o desgraçado.”
Pag. 19
“Não tive mais jeito de
reclamar. Tive que ir atracar no boi se bico.”
Pag. 33
“Ia arrumar uma revólver
e cagar e pisar em cima de meio mundo. Com uma arma, eu virava o Jogo...”
Pag. 91
"Neste mundo é cada um, cada um. Cada um por si..."
- O que faz para ganhar?
rouba, trapaceai, prostitui, bate, mata
Pag. 17
“Aí, a gente fazia o
que podia. Ajudava a descarregar barco de pesca, ROUBAVA café da sacaria do
caminhão, levava recado de puta, COMIA bundão de marujo veado, AFANAVA qualquer
bagulho que tivesse no bom jeito....”
Pag. 38
“Espetei
- O que pensa e sente quando perde o Jogo?
Sente:
frustração , revolta, humilhado, marginalizado, nojo, traído, mas principalmente muito MEDO,
RAIVA e VERGONHA o que o acompanha em todo o livro.
Pag. 13
“Eu me apavorava. Mas
não podia chorar. Se chorasse, a velha batusquela abria a porta e me
ameaçava: - Cala boca, se não te entrego
pro Juiz de menores.
Eu me segurava. Já
naquele tempo eu tinha mais MEDO de polícia do que alma penada.”
Pag. 26
“Tinha nojo e RAIVA.
Uma RAIVA fodida que me fazia cagar na comida de porcos que os tiras me
empurravam pelo buraco-vigia. Uma RAIVA de fogo que me queimava a mafu, me
deixava de cabeça gira, sem dormir nenhum pouco...”
Pag. 32
“Comecei a sentir MEDO.
MEDO de rato, de barata, coisas que nunca tive antes. MEDO de ter matado o
Cocada e ser esquecido para sempre naquele chiqueirinho, até ser comido por bichos....”
Pag. 36
“Eu sentir uma puta VERGONHA.
Mas mais vergonha quando um vigia e um funcionário vieram fazer perguntas....”
Pag. 64
“Mas, daqueles dois
desgraçados, eu tinha Medo .Um puta Medo”
Pag. 91
“ Mas te juro por essa
luz que ilumina, eu tou com MEDO. MEDO de Morrer. Eu nunca fui nada. Nem tem
jeito de ser nada. Mas, porra, eu não quero morrer...”
Pensa:
Em vingança, matar e morre.
Pag. 25
“Eu botava fé na Tainha.
Ele me passou pra trás direto. Isso me picava uma raiva. Ali na surda, eu
imaginava mil jeitos de MATAR aquele ....”
Pag. 26
"Querendo com todas as forças de querer uma chance de ir a forra. De sair pra revanche ..."
Pag. 59
“Me abandonei no chão,
pedindo para MORRER. Não perdi os sentidos. Mas estava inteirinho entregue...”
Pag. 64
“Ou, MATAVA os dois, ou
ia me foder pro resto da vida. Eles nunca mais iam sair de cima de mim.”
Considerações:
Querô desde que nasceu não teve escolha, foi empurrado e jogado na vida sem oportunidade de ser alguém. Foi maltratado, esculachado, humilhado, espancado neste "JOGO SUJO" que é vida. Teve que se submeter as regras desde jogo para tentar sobreviver: roubou, matou, prostitui fez de tudo; só se recusou a ser cagueta. Mas nada adiantou e cada vez mais se afundou.
Só houve um Momento na sua vida que tentou e pensou que poderia mudar e ser melhor, quando conheceu a Lica... Mas como neste "JOGO SUJO" não tem ARREGLO... o seu final foi a Morte.
Pag. 52
"Até pensava em dar um capricho em mim, para ela me ver bem vestido. Parei de pensar tanto em arrumar um revolver, para pensar em roupa. Era do caralho curtir aquela menina, a tal de Lica. Minha vida melhorou."
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